Veio um trio de gestores,
Com fama de milagreiro,
A curar a SATA Azores
Com injecções de dinheiro.
Acto I Veio um trio de gestores, Com fama de milagreiro, A curar a SATA Azores Com injecções de dinheiro. Sábios na aviação Com tantas sabedorias Gastaram mais de um milhão A pagar consultorias. Com o dinheiro injectado Tendo o cofre esvaziado, Ficaram a remoer Que agora é que vai doer. Começam a procurar Um outro calmo lugar, Onde possam ser brilhantes Pagando os contribuintes. Um deles que era vivaço Disse muito chateado: - Isto assim é um embaraço, Vou saltar para outro lado! Já lá vai um a voar P’ra capital vai voltar Por aqui ficaram dois Veremos como é depois. A capital tem riqueza E por lá há mais nobreza. O Ministro é tão riquinho E até usa um brinquinho. (Dizem que p’ra além dos brincos Tem piercings e tatuagens, Lá nuns sítios esquisitos Por debaixo das roupagens!) Lisboa tem Parlamento, Belém, o Rato e São Bento, Figurões e figurantes, Influentes militantes. Pagam bónus de milhões, E a certas funcionárias, Pagam indemnizações Que as deixa milionárias. Assim, mais vale a Tapinha Do que a pobre Satinha. O Costa tem mais dinheiro Do que o triste Bolieiro. Acto II Eh pá! Há outro a saltar, Para Lisboa voltar! Lá vai mais um milagreiro Que abandona o Bolieiro! Já choram os afilhados, Fazem abaixo-assinados Para que fique o Rodrigues E para que volte o Chaves. Intermezzo Os dois já com malas feitas E diz o Duarte Freitas: - Aqui já não são precisos, Há os não executivos! Com estes nossos pequenos, Quórum sempre teremos, Para toda a decisão, Mesmo a privatização. Estava muito irritado, Por o Costa ter levado Gestores da Região, Sem prévia autorização. Mas Bolieiro daimoso Disse ficar orgulhoso De a SATA ter contratados Gestores tão cobiçados. Que o rumo é p’ra manter, A Teresa o vai suster. A empresa está sanada E quase privatizada. E assim, o Duarte Freitas, Em discurso arrebatado, Ao dizer aquelas tretas Melhor fora estar calado. Acto II (continuação) Assim, sem quaisquer entraves Foram Rodrigues e Chaves, E a Teresa ficou sozinha A navegar a Satinha. Corajosa Teresinha! Foram os dois de repente, Aguenta tudo sozinha E mantém-se sorridente. Que exemplo de gestão Para a nossa Região! Trabalhar em triplicado Com um único ordenado. Este exemplo por inteiro Deve seguir Bolieiro: Mais mulheres p’ro governo, Homem, só em subalterno! Acto III Mas o leme era pesado, E o mar ia encapelado. Tanta carta a navegar Tanta coisa a consertar. Tudo a parecer saltar Como numa dança rock Ela estava a recear Caminhar sem rei nem roque. Então sem perder enfoque, E de uma forma matreira A rede lançou certeira E nela apanhou o Roque. Homem de manutenção Das regras de operação Que muito já navegou E tempestades passou. Conhece os cantos da casa, É outra agora a cantiga, Temos o Roque e a Teresa, Que não seja o “Roque e a amiga”…